Monalisa Sacramento de Oliveira

Has experience in Language, focusing on Language

Licenciada e Bacharela em Letras Vernáculas, através da Universidade Federal da Bahia. Mestra e Doutoranda em Literatura e Cultura pelo Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura no Instituto de Letras da UFBA, na linha de pesquisa Documentos da Memória Cultural. Integrou o grupo de pesquisa de Edição de Textos Teatrais Censurados no período da ditadura militar, tendo como viés a escrita feminina. Atuou no programa PIBID, agregando o seu campo de experiências em sala de aula. Atualmente, dedica-se ao estudo sobre blocos afros que teve início no Trabalho de Conclusão de Curso com o Ilê Aiyê, primeiro afro criado no Brasil em 1974. Esse estudo possibilita o diálogo entre diversas temáticas como: o processo de formação identitária de afro-brasileiros e, sobretudo, afro-baianos; a reafricanização na cidade de Salvador; a posição política de mulheres negras inseridas nesse contexto; a existência de um feminismo ancestral denominado de feminismo candaces; e o conceito de literatura-terreiro na formação dessas organizações. Para além disso, as letras das canções os blocos afros, que são patrimônio histórico-cultural, são analisadas nesse estudo como documentos da memória do povo negro, fazendo jus à linha de pesquisa. Para a pesquisadora, não faz sentido produzir um tema de tamanha representatividade para a população negra e mantê-lo, exclusivamente, no campo acadêmico. Um dos seus compromissos é fazer ecoar a sua produção intelectual através da própria voz e a de outras mulheres, inclusive as da sua família, que foram e são as inspiradoras para a escolha desse estudo, pois através das memórias afetivas delas, com base em suas vivências com o bloco afro Ilê Aiyê, o letramento racial teve início para as gerações seguintes dessa mesma linhagem. Em consonância com a vida acadêmica, a professora atua de maneira política na rede privada de ensino em Salvador, lecionando disciplinas do campo da Língua Portuguesa, trocando experiências e conhecimentos com os seus alunos, além de apresentá-los caminhos para uma educação decolonial.