Fabíola Andressa Moreira Silva
Possuo graduação em Engenharia Agronômica, Especialização em Educação, Diversidade e Sociedade, Mestrado em Biodiversidade e Conservação e Doutoranda em Geografia pela Universidade Federal do Pará.
Há 11 anos, trabalho na região conhecida como Terra do Meio, está localizada no Estado do Pará. Minha área de atuação tem se concentrado nas Reservas Extrativistas, principalmente nas Reservas Extrativistas do Riozinho do Anfrísio, Iriri e Xingu, que juntas somam cerca de 1,5 milhões de hectares de Áreas protegidas com 1737 habitantes distribuídos por 74 localidades. A região da Terra do Meio é uma área de grande biodiversidade da Amazônia, classificada como de alta relevância para conservação. Como Técnica de Desenvolvimento de Pesquisa Socioambiental, no Instituto Socioambiental, meu trabalho tem sido auxiliar as populações ribeirinhas em suas estratégias de produção e comercialização dos produtos da sociobiodiversidade do Xingu. Atualmente, ocupa o cargo de Coordenadora Adjunta no Instituto Socioambiental em Altamira-PA. Um dos objetivos do trabalho que desempenhamos é a construção de soluções adequadas a esta delicada equação socioambiental, cujo sucesso será fundamental para determinar o futuro dessas populações e das florestas que guardam.
Em minha pesquisa de mestrado, cujo tema foi Os Usos Tradicionais da Flora Nativa na Resex Riozinho do Anfrísio, Altamira -PA, foram levantadas uma grande quantidade de espécies vegetais conhecidas, manejadas e utilizadas pela população ribeirinha da Resex. Foram relatadas 204 espécies vegetais úteis, identificadas 161, com 935 citações de usos, uma média de mais de quatro tipos de usos diferentes por espécie relatada. Esses valores são similares à média de espécies identificadas entre povos indígenas por outros estudos, o que aponta a importância dos conhecimentos tradicionais de povos ribeirinhos. Os índices de consenso de uso também demonstram alto grau de difusão de conhecimentos sobre as espécies e seus usos, levando à conclusão de que os conhecimentos continuam a circular entre gerações, embora haja no Riozinho do Anfrísio um grande foco de pressão madeireira que os entrevistados apontaram como ameaça à biodiversidade e aos conhecimentos tradicionais. A clareza do reconhecimento da importância dos conhecimentos tradicionais dessas população ribeirinhas é fundamental para aprimorar as políticas públicas e promover o protagonismo dessas populações na gestão equilibrada desses territórios e dos seus recursos naturais.
She currently works with traditional populations in protected areas in Pará State, Environmental Institute - ISA. Develops research with farmers in Transamazônica, interned at the Brazilian Agricultural Research Corporation - EMBRAPA, together with the Union of Rural Workers of Medicilândia - PA, through the project Roça Without Burning, funded by the Ministry of Environment - MMA. He was a fellow of the Federal University of Pará - UFPA, developing research with plant. This is the last semester of Agricultural Engineering at the Federal University of Pará - UFPA, Campus de Altamira.
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