A presente dissertação tem por objetivo analisar as propagandas políticas audiovisuais produzidas no âmbito dos governos dos Generais Emílio Garrastazú Médici e Ernesto Geisel. Idealizadas pelas Assessorias de Relações Públicas dos dois governos (AERP/ARP), essas propagandas - 'travestidas' de uma roupagem supostamente despolitizada foram "maciçamente" veiculadas no mais moderno meio de comunicação de massas do período - a televisão. Através da qual, disseminavam imagens, símbolos, signos e visões de mundo oriundas e/ou aceitas por uma parcela específica da sociedade, qual seja, as direitas civis, políticas e militares. Em nossa avaliação, a investigação do material fílmico produzido pelas Assessorias de Relações Públicas indica a propaganda política como corolário da "Estratégia Psicossocial". Esta é proposta pela Doutrina de Segurança Nacional (DSN) que, inscrita no contexto da "Guerra Revolucionária" ou "Insurrecional", concebia a necessidade de atuar através das chamadas "Ações Psicológicas". Partindo dessa premissa, buscamos analisar tanto os elementos norteadores envoltos na institucionalização das Assessorias, bem como os discursos políticos produzidos e veiculados nessas mesmas peças propagandísticas.