Efeitos do exercício aeróbico e da terapia manual sobre marcadores bioquímicos de lesão musculoesquelética e parâmetros funcionais em motoristas profissionais com lombalgia crônica inespecífica
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A lombalgia crônica inespecífica representa uma afecção de elevada incidência, especialmente envolvendo algumas categorias profissionais. Segundo a Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF), além dos componentes estrutura e função, deve-se considerar os níveis de atividade e de participação em relação às diferentes morbidades. O propósito deste estudo foi verificar as respostas sintomáticas, funcionais e bioquímicas do incremento de atividade física moderada junto a uma amostra de sujeitos com a mesma atividade ocupacional e diferentes critérios que caracterizaram seus quadros como de lombalgia crônica inespecífica. Foi utilizada em outro grupo a terapia manual como terapêutica não alopática e não invasiva frequentemente utilizada. Este estudo foi controlado e randomizado, com 22 voluntários. Utilizou-se grupo controle e foram analisadas as respostas físico funcionais, sintomáticas e bioquímicas dos efeitos do treinamento com exercício aeróbico e em outro grupo da terapia manual. Foi utilizada a Eletromiografia (EMG) dos músculos multifídeos e iliocostal lombar, a Dinamometria Lombar, o Oswestry Low Back Pain Disability Questionnaire (ODQ), a Escala Visual Analógica (EVA) de intensidade da dor, a análise da atividade das enzimas Creatina Quinase (CK), Aspartato Transaminase (AST) e Alanina Transaminase (ALT), bem como, parâmetros de dano oxidativo que envolveu a atividade de Carbonilação de proteínas, Sulfidrilas, Xilenol Laranja, além dos antioxidantes endógenos Superóxido Dismutase, Catalase e Glutationa Peroxidase. Os dois tipos de intervenção reduziram os valores da EVA e reduziram a incapacidade no ODQ (p<0,05). A força lombar aumentou somente com a terapia manual (p<0,05). As enzimas relacionadas à lesão musculoesquelética AST e ALT não mostraram alteração (p>0,05), sendo que a CK apresentou redução da atividade após os procedimentos com os grupos (p<0,05). Os parâmetros de estresse oxidativo apontaram redução em ambos os grupos (p<0,05) exceto a carbonilação de proteínas que sofreu elevação com as 4 semanas no grupo exercício. Todos os antioxidantes avaliados elevaram sua atividade (p<0,05) nos dois grupos. A terapia manual mostrou resposta positiva em todos os parâmetros avaliados. A realização de atividade física com exercício aeróbico melhorou vários indicadores biomecânicos e bioquímicos, porém o seguimento com protocolos com maior tempo de intervenção podem contribuir para melhor compreensão das respostas de estresse oxidativo.