Esse trabalho consiste em um estudo sobre representações sociais do ambiente de vida. O conceito de ambiente de vida estruturado, se estabelece na relação entre os conceitos de espaço, território e ambiente urbano. A teoria das representações sociais nasceu dentro do espaço científico da psicologia social, no entanto esse estudo se arquiteta em um espaço interdisciplinar entre as ciências humanas e sociais e as ciências ambientais. O objeto dessa pesquisa são as representações sociais de profissionais de um Centro de Referência de Assistência Social em Criciúma/SC, sobre o ambiente de vida do território de abrangência da instituição. A amostra da pesquisa fora composta de 7 profissionais técnicos de ensino superior, segundo critério de homogeneidade. O campo de pesquisa foi delimitado em um raio de 1km tendo como ponto central um Centro de referência de Assistência Social em Criciúma/SC. Esse é um trabalho que transita em um espaço metodológico qualitativo, tendo como principal fonte de coleta de dados a entrevista semiestruturada. Os resultados da análise de dados mostraram que as profissionais do CRAS representam o ambiente de vida baseando-se no espaço do entorno da instituição. Para as profissionais o ambiente de vida é permeado por ampla vulnerabilidade no âmbito social e ambiental, estabelecendo-se relação intrínseca entre essas duas instâncias. Mostram-se, através das representações das profissionais, que as vulnerabilidades estão relacionadas ao intenso tráfico de drogas, violência e homicídio. Complementando esse quadro também estão as vulnerabilidades ligadas à renda, habitação e infraestrutura. O conceito ambiente de vida estruturado teóricamente nesse trabalho corroborou com o discurso das profissionais. Dessa forma, esse trabalho mostra a importância que o olhar de profissionais de instituições públicas tem, para contribuir na realização de diagnósticos socioambientais.