Acredita-se que o processo de reconexão magnética seja capaz de ocorrer por todo o Universo toda vez que plasmas magnetizados distintos interajam. Tem-se também mostrado que a reconexão magnética é o processo dominante na interação vento solar-magnetosfera terrestre. Neste trabalho, o aspecto de larga escala do processo de reconexão magnética é investigado. Em particular, busca-se identificar em qual(is) região(ões) ao longo da magnetopausa diurna terrestre a reconexão magnética ocorre, e ainda quais os parâmetros-chave que ditam o modo como a linha X deve localizar-se. Utilizando dois conjuntos de eventos de reconexão magnética, os quais são identificados principalmente pela detecção de fluxos de plasma acelerados, faz-se uma comparação entre três modelos analíticos: Trattner et al. (2007), Gonzalez and Mozer (1974), and Swisdak and Drake (2007), que predizem a localização e orientação da linha X de reconexão. No primeiro conjunto de eventos, mostram-se quatro eventos fortuitos de cruzamentos quasi-simultâneos da magnetopausa diurna terrestre nos quais dois satélites amplamente espaçados detectam assinaturas de reconexão, e como a localização da provável linha X pode ser inferida através das observações. Os modelos de linha X são então utilizados e suas respectivas predições comparadas com a localização esperada da linha X. Os resultados sugerem que uma extensa (> 5 raios terrestres em comprimento) linha X de reconexão por componente pode de fato constituir um cenário provável na magnetopausa diurna terrestre. Tal linha conectaria e estruturaria as assinaturas de reconexão detectadas em pontos substancialmente distantes. No segundo conjunto de eventos de reconexão, analizou-se a performance dos modelos de linha X em prever a direção, isto é, sentidos norte-sul e/ou leste-oeste, dos plasmas acelerados em 116 eventos de cruzamentos simples (somente um satélite) pela magnetopause diurna terrestre para os quais os fluxos de plasma provenientes do processo de reconexão estivessem claramente presentes. Encontrou-se que o modelo de linha X de Swisdak and Drake (2007) obteve uma performance ligeiramente melhor na predição de ambas as componentes dos plasmas acelerados: norte-sul (72\% dos casos) e leste-oeste (54\% dos casos), quando comparado com o modelo de Trattner et al. (2007) (66\% norte-sul, 37\% leste-oeste), e o modelo de Gonzalez and Mozer (1974) (60\% norte-sul, 42\% leste-oeste). O modelo de Swisdak and Drake (2007) leva em consideração condições realísticas de assimetrias nos campos magnéticos e densidades do plasma através da magnetopausa, portanto o resultado acima sugere que além de condições de contorno externas, tais como a orientação do campo magnético interplanetário e o valor da pressão dinâmica do vento solar, as condições locais de campo magnético e plasma, em particular o parâmetro $\beta$, possuem papel fundamental na determinação da orientação da linha X de larga escala na magnetopausa diurna terrestre, como tem sido mostrado na literatura (PHAN et al., 2013).
The magnetic reconnection process is believed to occur throughout the Universe whenever distinct magnetized plasma regimes come together and interact. It has also been shown to be the dominant process for the solar wind-magnetosphere interaction. In this work the large scale aspect of the magnetic field reconnection process is investigated: where does reconnection occur along the Earth${'}$s dayside magnetopause and what are the key parameters governing its location? We perform an intercomparison of three analytical model${'}$s, which predict the reconnection X-line location and orientation, namely Trattner et al. (2007), Gonzalez and Mozer (1974), and Swisdak and Drake (2007) against two sets of reconnection events which are identified mostly by the in situ detection of accelerated plasma flows. In the first set, we show four fortuitous, quasi-simultaneous dayside magnetopause crossing events where two widely separated spacecraft detect reconnection signatures, and the possible X-line location can be inferred from the observations. The X-line models are then used and their predictions are compared with the expected X-line location obtained from observation. The results suggest that an extended (> 5 Earth radii in length), component-type reconnection X-line may in fact be a likely scenario at Earth${'}$s dayside magnetopause, connecting and structuring the reconnection characteristics on far apart observation points. In the second set of reconnection events, we have analyzed the X-line models performance in predicting the observed reconnection outflow direction, i.e., its north-south and/or east-west senses, in a total of 116 single magnetopause crossing events where reconnection-generated plasma flows were clearly present. We found that the Swisdak and Drake (2007)s X-line model had a slightly better performance in predicting both accelerated plasma flow components: north-south (72\% of the cases) and east-west (54\% of the cases), as compared to the Trattner et al. (2007) model (66\% north-south, 37\% east-west), and Gonzalez and Mozer (1974) model (60\% north-south, 42\% east-west). The Swisdak and Drake (2007) model takes into account the realistic asymmetrical magnetic fields and plasma density conditions across the magnetopause boundary layer, thus the result suggests that in addition to external boundary conditions such as the interplanetary magnetic field orientation and solar wind dynamic pressure value, the local plasma and magnetic field conditions play an important role in determining the large scale X-line orientation at Earth${'}$s dayside magnetopause, in particular the local plasma $\beta$, as it has been shown elsewhere (PHAN et al., 2013).