Retorno de adolescentes do serviço de acolhimento em família acolhedora para a sua família de origem: um estudo autoetnografico Documento uri icon

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  • master thesis

abstrato

  • Introdução: o Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora (SEAFA) é uma importante estratégia que integra o Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária. Objetivo: compreender a situação dos ex-acolhidos pelo SEAFA que foram reintegrados às suas famílias de origem. Método: trata-se de um estudo com abordagem qualitativa do tipo autoetnográfico realizado no município de Içara (SC) com seis ex-acolhidos que retornaram para suas famílias de origem. A coleta de dados foi realizada pela observação participante materializada através do diário de campo. A análise dos dados foi estruturada como base nos preceitos da análise temática de conteúdo alicerçada no paradigma sistêmico do desenvolvimento humano, conhecido como a Teoria Bioecológica de Urie Bronfenbrenner. Os preceitos éticos foram respeitados incluindo nomes fictícios para preservação do anonimato e tendo como parecer número 3.214.723. Resultados: os ex-acolhidos pelo SEAFA preferiram não detalhar em profundidade como se encontram. Ana se esquivou com a justificativa de outros compromissos. Nestor sequer respondeu aos telefonemas e mensagens do pesquisador. Milena, por sua vez, chegou a receber o pesquisador em sua casa, mas evitou o encontro para a realização da entrevista. Gustavo, passa por uma forte depressão. Josué, por estar envolvido com tráfico de drogas, optou por resguardar a si e ao pesquisador de se encontrarem pessoalmente. Por último, Merciana que inicialmente concordou em participar da pesquisa, mas posteriormente não atendeu mais ao pesquisador. Como consequência desse estudo, viabilizou-se a construção de um produto voltado a saúde coletiva de material didático enquadrado como um guia sobre o SEAFA, que ilustra em forma de história em quadrinhos o funcionamento do serviço. Conclusão: os ex-acolhidos não se sentem confortáveis para falar de sua situação, indicando possíveis falhas por parte do SEAFA e dos diversos sistemas que envolvem a família, comunidade, instituições, estrutura política e social que participam do processo de reintegração à família de origem.

data de publicação

  • 2020-01-01