Este trabalho problematiza a seguinte questão: Que lógicas produzem a entrada da polícia militar na escola? A educação pública é historicamente produzida como um espaço de enquadramento e disciplinarização dos corpos de modo a torná-los úteis e dóceis. Agora este aparelho social recebe, no Estado do Rio de Janeiro, por meio de um programa de governo intitulado PROEIS, à Polícia Militar que é incorporada ao quadro técnico, instituindo-se como um procedimento pedagógico. Ao mesmo tempo a PM é o grupamento responsável pela segurança pública e age executando os moradores pobres em nome do combate ao tráfico de drogas. Para problematizar a militarização do ambiente pedagógico em nome da pacificação como estratégia de governamentalidade da população, remeto-me às minhas memórias de infância, a uma história social da própria construção da escola e à análise das práticas que clamam pela entrada da polícia como parte do corpo pedagógico da escola. Em diálogo com autores como Foucault, Deleuze, Nascimento, Batista, entre outros, o trabalho de campo foi realizado em uma escola da Secretaria do Estado do Rio de Janeiro, onde pude perceber tanto a demanda pela polícia, quanto as resistências discentes às relações de poder que compõe subjetividades contemporâneas repletas de ódio e criminalizadoras da pobreza
This study problematizes the following question: What logical produces the military police in the school? The public education is historically produced as a place of legal framework and discipline the bodies in order to make them useful and docile. Now this social equipment receives, in Rio de Janeiro s State, through a government program called PROEIS, the military police, that is integrated to the technical framework, establishing as an educational process. At the same time the military police is the group responsible for the public security and acts executing poor residents on behalf of the battle against the drugs trade. To problematize the militarization of the educational environment on behalf of the pacification as a strategy of governmentality of the population, I refer to my childhood memories, to a social history of the specific school s construction and to the analysis of the acts that shout for the police entrance as a part of the educational body of the school. In dialogue with authors like Foucault, Deleuze, Nascimento, Batista, among others, the field research was produced in a Secretaria do Estado do Rio de Janeiro s school (a school, that belongs to the Rio de Janeiro State Educational Department), where I could realize that as the demand for the police, as the students resistances with regard to the power relations that compose the contemporary subjectivities full of hate and poverty criminalize