Mangroves are complex ecosystems that are subject to processes that occur over different temporal and spatial scales. This complexity reinforces the importance the use approaches that can achieve these scales. Mangrove forests, among other functions, serve as scavenging and fixing carbon, being important for the balance of the global carbon dioxide. Related studies show that several biomes is no difference in carbon content to different species. Several estimates of stock and carbon sequestration in mangrove forests adopt the value of 45% for carbon in mangrove species. The present study in Guaratiba, Rio de Janeiro, collected branches, leaves, stems, roots and reproductive parts of the species found there: Avicennia schaueriana, Laguncularia racemosa and Rhizophora mangle, the latter had still collecting rhizophores, for determination of carbon in the various compartments of different species. The samples were taken in different physiographic types (fringe, basin and transition). The dried material was powdered and determined by autoanalyzer CHN. The results were tested statistically using analysis of variance (ANOVA) and Tukey's test to identify differences between the types physiographic, species and compartments (p <0.05). Was obtained a value of organic carbon to the woody parts (44.1%) for all species, a value for green parts of A. schaueriana and L. racemosa of 42.6% and R. mangle of 44.9%, and a value for the root of A. schaueriana and L. racemosa of 42.6% and R. mangle of 40.0%. There were no detectable influence of physiographic types on carbon in mangrove forest studied. The present results also demonstrate that one should be cautious in the use of a single, global value for the carbon in mangrove species.
Os manguezais são ecossistemas complexos, que estão sujeitos a processos que ocorrem ao longo de diferentes escalas temporais e espaciais. Essa complexidade reforça a importância de se empregar abordagens que possam alcançar essas escalas. As florestas de mangue, entre outras funções, funcionam como sequestradoras e fixadoras de carbono, sendo importantes para o equilíbrio do balanço global de gás carbônico. Estudos relacionados a diversos biomas mostram que há diferença de teor de carbono para espécies diferentes. Diversas estimativas de estoque e sequestro de carbono em florestas de mangue adotam o valor de 45% para o teor de carbono nas espécies de mangue. O presente estudo realizado em Guaratiba, Rio de Janeiro, coletou ramos, folhas, troncos, partes reprodutivas e raízes subterrâneas das espécies ali encontradas: Avicennia schaueriana, Laguncularia racemosa e Rhizophora mangle, essa última teve ainda a coleta de rizóforos, para determinação do teor de carbono nos diferentes compartimentos das diferentes espécies. As amostragens foram realizadas nos diferentes tipos fisiográficos (franja, bacia e transição). O material seco foi triturado e determinado por autoanalisador CHN. Os resultados foram testados estatisticamente, através de análise de variância (ANOVA) e teste de Tukey para identificação de diferenças entre os tipos fisiográficos, espécies e compartimentos (para p<0,05). Foi obtido um valor de teor de carbono orgânico para as partes lenhosas (44,1%) para todas as espécies; um valor para partes verdes de A. schaueriana e L. racemosa de 42,6% e R. mangle de 44,9%; e um valor para raiz de A. schaueriana e L. racemosa de 42,6% e R. mangle de 40,0%. Não foi detectada influência dos tipos fisiográficos sobre o teor de carbono na floresta de mangue estudada. Os resultados aqui obtidos demonstram ainda que deve-se ter cautela na utilização de um valor único e global para o teor de carbono em espécies de mangue.