Lyrio Arlindo Valley, chief of the Tembe Indians, civilized citizen, protector of the indigenous peoples of Brazil, critical to the actions of the Indian Protection Service, sought to insert ourselves standards "rational" and modern Brazilian society. Between the years 1942-1945, the period analyzed here, Valley Lyrio tried to highlight the indigenous policy of President Getulio Vargas government, highlighting its civilized Indian qualities, the desire of Indians to contribute to the progress of the nation through work, and denouncing the actions of the Indian agents. The Indian Protection Service was divided among locate indigenous peoples, sedentarizá them and incorporate them into society as national workers. When Lyrio Valley came to be perceived as different, their indigenous identity began to be challenged by the SPI, which did not understand that a man can have more than one identity. This work seeks to analyze the political culture of the Protection Service Indians, political strategies built by Lyrio Arlindo Valley and the construction of identity and the power of representations of this subject and the clashes between the ways of thinking of Lyrio and design Protection Service to Indians.
Lyrio Arlindo do Vale, cacique dos índios Tembé, cidadão civilizado, protetor dos povos indígenas do Brasil, crítico às ações do Serviço de Proteção aos Índios, buscou inserir-se nos padrões racionais e modernos da sociedade brasileira. Entre os anos de 1942 a 1945, período aqui analisado, Lyrio do Vale tentou se destacar na política indigenista do governo do Presidente Getúlio Vargas, destacando suas qualidades de índio civilizado, o desejo dos indígenas em contribuir com o progresso da nação através do trabalho, e denunciando as ações dos agentes indigenistas. O Serviço de Proteção aos Índios se dividia entre localizar os povos indígenas, sedentarizá-los e incorporá-los na sociedade como trabalhadores nacionais. Quando Lyrio do Vale passou a ser percebido como diferente, sua identidade indígena passou a ser contestada pelo SPI, que não compreendia que um sujeito pode ter mais de uma identidade. Este trabalho busca analisar a cultura política do Serviço de Proteção aos Índios, as estratégias políticas construídas por Lyrio Arlindo do Vale, bem como a construção da identidade e as representações de poder desse sujeito e os confrontos entre as formas de pensar de Lyrio e o projeto do Serviço de Proteção aos Índios.
