Este estudo traz uma análise da experiência realizada com os acadêmicos/as do curso de Artes Visuais da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) nos anos de 2013 a 2016, nas disciplinas de Gravura e Pesquisa e Serigrafia e Pesquisa. O objetivo deste estudo é identificar o que os discentes trazem em suas memórias sobre suas experiências escolares relacionadas à disciplina de Artes na educação básica, na forma de relatos e imagens, com o intuito de perceber qual é o lugar da disciplina de Artes e qual tem sido o lugar da gravura no tocante às linguagens artísticas, a fim de compreender o processo de formação para a prática docente no ensino de artes. Na metodologia, o estudo em questão foi desenvolvido dentro de uma abordagem qualitativa e artográfica a partir das produções visuais e das memórias/narrativas dos/as acadêmicos/as. A coleta de dados ocorreu mediante a aplicação de um questionário. Para trazer os conceitos de gravura e o lugar da gravura na história da arte os principais autores são: Catafal e Oliva (2003), Ivins (1970), Pagatini (2012), Costella (2003 e 2006) e Beltran (1990). A arte e o ensino da arte, a partir dos autores Huyghe (1986), Coli (1985), Dewey (2010); sobre memória os principais autores foram: Bosi (2001) e Otto (2012). Para discutir a experiência, os autores abordados foram: Larrosa (2002) e Dewey (2010), Nascimento (2011), Barbosa (2011), Martins; Picosque e Guerra (1998), Fernandez (2013), Fusari e Ferraz (1993), Rosito (2010). Sobre a experiência artística nas disciplinas de Gravura e Pesquisa e Serigrafia e Pesquisa dialogo com os autores Toldo (2010), Martins (2006) e Souza (2017). Para a formação docente, os autores destacados foram Nóvoa (1995) e Contreras (2010). Com base na análise dos dados, observou-se que a gravura é pouco citada como linguagem artística desenvolvida na escola, sendo enfatizado mais o desenho e a pintura. Conclui-se que as linguagens artísticas, incluindo a poética da gravura, necessitam ser mais desenvolvidas nas salas de aula e que cada vez mais o ensino de arte precisa ser valorizado com espaços adequados, como fonte de sensibilidade, empatia e formação na educação básica.