Linguagem e percepção nas neurociências e na psicanálise. Documento uri icon

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  • doctoral thesis

abstrato

  • In recent decades, we increasingly has sought to understand the relationship between mind and brain. While many researchers take a reductionist position in which mental phenomena are seen as mere epiphenomena, that would be entirely explicable from the observation of neuronal activity, other authors argue that despite the mental phenomena depend on brain activity, mind is irreducible to brain. In clinical practice in the field of mental health, these positions have important practical correlates globally. While psychiatry has mostly emphasized a reductionist perspective, psychoanalysis, that was once hegemonic in the field, has been found it difficult to establish conversation bridges with the field of neurosciences, which makes it be seen as an obsolete or obscurantist clinical practice. This research aimed to establish dialogue bridges between psychoanalysis and neuroscience through the study of the relationship between language and perception, showing that even a phenomenon that is supposed to be merely sensorial, as perception, is strongly influenced by language. This implies that we need to reconfigure the way we conceive the relationship between mind and brain and the very notion of nature, so that it counteracts the most reductionist versions of naturalism.
  • Nas últimas décadas, cada vez mais tem se buscado compreender como se dá a relação entre a mente e o cérebro. Enquanto muitos pesquisadores sustentam uma posição reducionista, na qual os fenômenos mentais são vistos como meros epifenômenos, que seriam inteiramente explicáveis no futuro a partir da observação da atividade neuronal, outros autores defendem que, apesar dos fenômenos mentais dependerem da atividade cerebral, há uma irredutibilidade do mental ao cerebral. Nas práticas clínicas em saúde mental, estas posições têm correlatos práticos importantes a nível global. Enquanto a psiquiatria tem enfatizado majoritariamente uma perspectiva reducionista, a psicanálise, que outrora foi hegemônica no campo, tem encontrado dificuldades de estabelecer pontes de interlocução com o campo das neurociências, o que faz com que seja vista, muitas vezes como uma prática clínica obsoleta ou obscurantista. Esta pesquisa buscou estabelecer pontes de interlocução entre a psicanálise e as neurociências através do estudo das relações entre linguagem e percepção, mostrando que mesmo um fenômeno suposto ser meramente sensorial, como a percepção, sofre forte influência da linguagem. Isto implica que é preciso reconfigurar a maneira como concebemos a relação entre mente e cérebro e a própria noção de natureza, de modo que se contraponha às versões mais reducionistas de naturalismo.

data de publicação

  • 2016-01-01