Esporte e educação: uma cartografia das micropolíticas do corpo. Documento uri icon

  •  
  • Visão geral
  •  
  • Pesquisas
  •  
  • Identidade
  •  
  • Ver todos
  •  

tipo

  • master thesis

abstrato

  • O esporte, compreendido a partir do paradigma médico-esportivo, deixa de ser analisado como simples exercício para tornar-se o principal sustentáculo de um estilo de vida, um estado de espírito que associa vitalidade a desafio, promovendo um tipo de sujeito com formação autônoma e responsabilidade individual, em plena sintonia com o ideário neoliberal. Esses usos do esporte constituem uma obra complexa, que exige vários dispositivos. A tarefa, então, passa a ser investigar os pontos de sustentação dessa tecnologia em seus desdobramentos cotidianos, a partir da observação e escuta da rotina dos praticantes. O esporte seria, nessa perspectiva, um lugar privilegiado para a compreensão da sociedade, revelando-nos a intimidade de suas relações de saber/poder, bem como o plano da produção de tais relações. Esse levantamento, cumpre frisar, não implicaria propor novos modelos, pois julgamos que pensar em modelos ou programas predeterminados redunda, necessariamente, em recair em efeitos reprodutores e reativos. Analisar tecnologias é, ao contrário, diagnosticar limites, supondo-os contingências históricas passíveis de desconstrução e de eventual reinvenção pelos sujeitos envolvidos nos processos em pauta.
  • Sports, as seen from the sports-medical paradigm, stop being analized as a simple exercise to become the main pillar of a life style, a state of mind that associates vitality to dare, by promoting a certain type of individual who has autonomous education and individual responsibility, in full tune with the neoliberal ideology. Those uses of sports compose a complex work, which demands several devices. Therefore, the task starts to investigate the pillars of that technology and its daily unfoldings by observing the players? routine. In this perspective, sports would be given particular attention to understand society, by unveiling the close connection of its know/can relations, as well as the production plan of these relations. That survey, which is worth highlighting, would not imply that new models should be proposed, since we conclude that to think of predetermined models or programs result, inevitably, in relapsing into reproducers and reactive effects. The analysis of technologies is, otherwise, diagnosing boundaries, by presuming them to be historical contingencies liable to deconstruction and occasional reinvention by the individuals involved in the processes on the agenda.

data de publicação

  • 2011-01-01