Avaliação da prevalência da retinopatia diabética em indivíduos com diabetes tipo 1 nas regiões geográficas do Brasil: estudo multicêntrico nacional Documento uri icon

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  • A retinopatia diabética é a principal causa de cegueira em indivíduos economicamente ativos nos países desenvolvidos. No Brasil, poucos são os dados existentes que dimensionam o quadro atual das complicações microvasculares em pacientes com diabetes nas diferentes regiões brasileiras. Este estudo tem como objetivo avaliar a prevalência da retinopatia diabética em pacientes com diabetes tipo I e seus fatores determinantes nas diferentes regiões geográficas do país. Trata-se de um estudo transversal, multicêntrico, realizado em pacientes com diabetes mellitus tipo I acompanhados regularmente nos ambulatórios de diabetes de 14 centros distribuídos nas 5 regiões do país. Um questionário padronizado foi aplicado em cada paciente, coletado amostras de sangue e o exame de fundo de olho foi realizado e classificado pelos serviços de oftalmologia de cada centro por oftalmoscopia indireta. Um total de 1644 pacientes foram submetidos ao rastreio para presença de retinopatia diabética, com uma média de idade de 30,2 ± 12 anos (56,1% do sexo feminino, 54,4% caucasianos) e com uma duração do diabetes de 15,5 ± 9,3 anos. A prevalência da retinopatia diabética foi de 242 (36,1%) no Sudeste, 102 (42,9%) no Sul, 183 (29,9%) no Norte e Nordeste e 54 (41,7%) no Centro-Oeste. A prevalência do EMD foi maior na região Centro-Oeste do país [9 (7,1%) vs 17 (2,5%) no Sudeste, 3 (1,3%) no Sul e 10 (1,6%) no Norte e Nordeste, p=0,007]. Regressão multinomial revelou que não houve diferença estatisticamente significativa na prevalência de retinopatia diabética não proliferava entre as regiões brasileiras. Por outro lado, a prevalência da retinopatia diabética proliferativa (2,4, IC95% de 1,1-5,1, p=0,022) e do edema macular diabético (7,4, IC95% de 2,0-27,6, p=0,003) foi maior no Centro-Oeste. Análises em modelo reduzido Stepwise revelou a duração do diabetes, o nível de HbA1c e a hipertensão como as principais variáveis independentes. O presente estudo concluiu que não houve diferença na prevalência da retinopatia diabética não proliferava entre as regiões brasileiras em pacientes com diabetes tipo 1. A região Centro-Oeste apresentou uma maior prevalência de retinopatia diabética proliferava e do edema macular diabético. A duração do diabetes e o controle glicêmico são de importância central para todas as regiões do Brasil. A hipertensão demonstrou ser outro fator de peso, em especial para as regiões do Sul e Sudeste do país. O controle glicêmico e pacientes em vulnerabilidade social e econômica merecem atenção especial no Norte e Nordeste do Brasil.
  • Diabetic Retinopathy has a significant impact in every healthcare system. Despite that fact, there are few precise current estimates of the prevalence of DR in Brazil s different geographic regions. This study aims to determine the prevalence of diabetic retinopathy in Brazil s five continental regions and its determinant factors. Methods: This multi center, cross-sectional, observational study, conducted from August 2011 to December 2014, included patients with type 1 diabetes from the 5 Brazilian geographic regions (South, Southeast, North, Northeast and Midwest). During a clinical visit, a structured questionnaire was applied, blood sampling was collected and each patient underwent mydriatic binocular indirect ophthalmoscopy evaluation. Data was obtained from 1644 patients, aged 30.2 ± 12 years (56.1% female, 54.4% Caucasian), with a duration of diabetes of 15.5 ± 9.3 years. The prevalence of diabetic retinopathy was 242 (36.1%) in the Southeast, 102 (42.9%) in the South, 183 (29.9%) in the North and Northeast and 54 (41.7%) in the Midwest. In the matter of DME, prevalence in the Midwest region was higher [9 (7.1%) vs 17 (2.5%) in the Southeast, 3 (1.3%) in the South and 10 (1.6%) in the North and Northeast, p=0.007]. Multinomial regression showed no difference in the prevalence of non-proliferative diabetic retinopathy in each geographic region, although, prevalence of proliferative diabetic retinopathy (p=0.022) and diabetic macular edema (p=0.003) were higher in the Midwest. Stepwise analyses revealed duration of diabetes, level of HbA1c and hypertension as independent variables. The prevalence of non-proliferative diabetic retinopathy in patients with type 1 diabetes was no different among each geographic region of Brazil. The Midwest presented higher prevalence of proliferative diabetic retinopathy and diabetic macular edema. Duration of DM and glycemic control is of central importance to all. Hypertension is another fundamental factor to every region, at special in the South and Southeast. Glycemic control and patients in social and economic vulnerability deserves special attention in the North and Northeast of Brazil.

data de publicação

  • 2018-01-01