O arroz é o cereal mais consumido diretamente na alimentação humana a nível mundial, fato este devido ao seu alto teor nutricional, baixo custo de produção e adaptabilidade em diversos ecossistemas. Este estudo se objetiva em analisar o grau de sustentabilidade no cultivo do arroz irrigado no sul de Santa Catarina. Para tal desenvolveu-se uma pesquisa qualitativa com método dedutivo. A pesquisa foi realizada com 10 agricultores do sul do estado de Santa Catarina, buscou-se o método SAFA, desenvolvido pela FAO, para identificar o objetivo final. Encontrou-se um denominador comum entre os participantes da pesquisa, os quais qualificaram suas propriedades como tendo um alto grau de sustentabilidade nos quesitos de bem-estar social e resiliência econômica e tendo um baixo desempenho em relação integridade ambiental e governança. Ao validar os aspectos encontrados com especialistas da cadeia produtiva, os mesmos tiveram direcionamentos convergentes aos dos agricultores, exceto o órgão governamental, que justificou o desenvolvimento de políticas de sustentabilidade para a rizicultura, porém estas políticas são traduzidas para o setor como ações promotoras de ganhos econômicos, assim conseguem um resultado otimizado ao aplicar suas políticas no campo. Desta forma, pode-se concluir que o grau de sustentabilidade do arroz irrigado no sul catarinense tem aspectos relevantes quando afeta diretamente o produtor em relação à legislação ou ao resultado econômico, por outro lado é considerado baixo em relação aos indicadores os quais prezam por transparência no mercado e indicadores ambientais.