Essa dissertação trata do cotidiano como um espaço sensível e passível de abstração dos signos visuais dispostos no mundo, sob um olhar artístico, captados enquanto fotografias, ou convertidos em objetos. O entrelace proposto se dá com os signos verbais e seus discursos implícitos, gerados pelos usos cotidianos para a comunicação entre indivíduos. A partir dessa concepção, e de paralelos entre outras obras, artistas e pensadores, há, também, o intuito de gerar espaços de ressignifcação que interfiram nas leituras de mundo que indivíduos fazem de si, e dos outros, bem como dos objetos e espaços circundantes: a transposição do visível para a visualidade a partir da relação com as enunciações. Trata-se de pensar tanto o cotidiano como potência geradora de momentos, objetos e cenas, como a Arte, não enquanto produto/ objeto estético ou formal, mas sim como direcionamento político do olhar sobre espaços/elementos/paisagens da vida diária.
