A aplicação de revestimento cerâmico e argamassa como componentes do sistema de revestimento de fachada são amplamente empregados no Brasil. Porém, estudos relacionados ao desempenho dos componentes da fachada como sistema e metodologias de ensaios laboratoriais para avaliar sua degradação e definição da previsibilidade de vida útil ainda são escassos em território nacional. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo estudar a degradação acelerada da argamassa em um sistema de revestimento cerâmico de fachada, avaliando requisitos quantitativos e qualitativos de resistência a aderência em amostras submetidas à condições saturadas de umidade e variação de temperatura. Para isso utilizou-se uma máquina de envelhecimento acelerado desenvolvida junto ao PPGCEM/ UNESC, para o ensaio de amostras preparadas com materiais comerciais e padronizados. Três tipos de argamassas que se diferenciavam pela concentração do polímero PVA, foram avaliadas em conjunto com o revestimento cerâmico do grupo de absorção BIIb, aplicados em um substrato padrão ABCP. Os corpos de prova foram submetidos a quatro tempos de exposição aos ciclos que alternavam a umidade e a variação de temperatura a cada 65 minutos, simulando o tempo de 18 anos de uso do sistema de fachada em uma obra. A resposta obtida foi à resistência à aderência medida com dinamômetro digital. Por meio dos resultados observados, constatou-se que ambas as variáveis: tipo de argamassa e tempo de exposição foram significativas em relação ao desempenho da aderência do sistema de revestimento cerâmico de fachada e que somente a argamassa com concentração de 7% de PVA apresentou resultado de tensão de aderência médio de 0,7 MPA, classificada como adequada para aplicação em fachadas externas.