Estimativa das implicacoes radiologicas ambientais resultantes da operacao do Instituto de Engenharia Nuclear na Ilha do Fundao no Rio de Janeiro
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O Instituto de Engenharia Nuclear (IEN) situa-se na Ilha do Fundão no Município do Rio de Janeiro, Brasil. O IEN atua nas áreas de reatores; física; radioproteção e gerência de rejeitos radioativos; instrumentação e controle; química e metalurgia e apresenta uma instalação nuclear, o reator Argonauta, e várias instalações radiativas. Durante o funcionamento dessas instalações, alguns efluentes radioativos são gerados e descartados no sistema de esgoto sanitário da Cidade Universitária, se líquidos, ou na atmosfera, se gasosos. No período de estudo deste trabalho, de 1985 a 1995, os principais efluentes liberados pelo Instituto foram gerados durante a produção e o processamento de radioisótopos. O65 Zn e 123I foram os radionuclídeos mais importantes descartados através dos efluentes líquidos e aéreos, respectivamente. As principais vias de exposição à radiação da população foram a inalação da pluma contaminada com 123I e a exposição externa ao lodo de esgoto contaminado com 65 Zn - resultante do tratamento final dos efluentes líquidos na Estação de Tratamento de Esgotos da Penha - no Aterro Sanitário de Gramacho. Nas condições de operação do IEN mencionadas, as doses de radiação recebidas pelos diferentes grupos críticos da população não excederam a cerca de 1/500 do limite anual de 1 mSv.ano-11 estabelecido pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) para membros do público, não representando, portanto, contribuição significativa ao risco radiológico para a população. Neste sentido, considera-se aceitável o valor de dose calculado de 2 µSv.ano-1. Contudo, qualquer incremento de exposição futuro, deverá ser cuidadosamente avaliado em termos de análise de custo-benefício, de acordo com o sistema de avaliado em termos de análise de custo-benefício, de acordo com o sistema de limitação de dose estabelecido em normas nacionais e recomendados pela ICRP.