Perversão sexual e patologização : uma abordagem discursiva Documento uri icon

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  • master thesis

abstrato

  • Esta dissertação se debruçou sobre os sentidos atribuídos aos comportamentos sexuais ditos desviantes, perversos e parafílicos, com base na sua unificação sob o universo das práticas que constituem o BDSM sigla para bondage, disciplina, Dominação e submissão e sadomasoquismo. Esses comportamentos, mesmo não sendo mais considerados patológicos na literatura médica, conforme determinação da APA no DSM (classificação oficial de transtornos psiquiátricos), ainda são discursivamente construídos como patologias, mesmo pelas pessoas que integram tais grupos e se dedicam a essas práticas, conforme demonstrado nesta pesquisa. Por meio de uma análise das categorias de locutor e enunciador (Ducrot, 1987), esta dissertação expõe uma análise das tensões, aparentemente externas, que atravessam a cena BDSM, considerando, no sentido de Maingueneau (2005), que os discursos perpassam ambientes não localizados e, no sentido de Bakhtin (1986), que todo enunciado é responsivo e dialoga com o que lhe é a priori alheio. Assim, expõe como os sentidos de patologização circulam mesmo nos ambientes em que estas práticas sexuais são autorizadas
  • This dissertation focused on the meanings attributed to sexual behaviors called deviant, perverse and paraphilic, based on their unification under the nickname of BDSM abbreviation for bondage, discipline, Domination and submission, and sadomasochism. These behaviors, even if they are no longer considered pathological in the medical literature, according to the APA's determination in the DSM (official classification of psychiatric disorders), are still discursively constructed as pathologies, even by people who are part of such practices, as this study shown. Through an analysis of the categories of speaker and enunciator (Ducrot, 1987), this dissertation exposes an analysis of the apparently external tensions that cross the BDSM scene, considering, in Maingueneau's (2005) sense, that the discourses pass through non-environments localized and, in the sense of Bakhtin (1986), that every statement is responsive and dialogues with what is apparently alien to it. Thus, it exposes how the pathological senses circulate even in the environments in which these sexual practices are authorized

data de publicação

  • 2017-01-01