As enfermidades infecciosas permanecem como relevantes causas de morbi-mortalidade em grandes contingentes populacionais humanos, especialmente nos grupos mais pobres e marginalizados. As doenças endêmicas tradicionais - como tuberculose, leishmanioses, doença de Chagas, hanseníase e peste - representam ainda importantes problemas de saúde pública, algumas delas com incidência ascendente em realidades específicas. As denominadas doenças emergentes, como o dengue, a hantavirose e o cólera, vieram, nas últimas décadas, agregar-se como graves problemas ao nosso quadro sanitário. O dengue, especificamente, atinge indistintamente todos os estratos sociais, dado às características sóciodemográficas dos grandes centros urbanos do Brasil contemporâneo e à ecologia do vetor. Essa enfermidade tem apresentado quadro endemo-epidêmico na maioria dos estados e nas grandes cidade brasileiras, hoje sob risco de apresentarem casos ou epidemias de dengue, hantavirose e outros processos infecciosos e parasitários. O grupo tem contribuído no estudo da epidemiologia e na avaliação das medidas de controle das enfermidades infecciosas no Estado do Ceará, por meio do desenvolvimento de projetos de investigação e da produção de teses de doutorado, dissertações de mestrado, publicações em periódicos, apresentação de trabalhos em congressos, além de encontros de iniciação científica. Especificamente, tem dado uma contribuição para a análise epidemiológica dos dados produzidos pelas atividades oficiais de vigilância e controle, possibilitando o conhecimento da evolução e do perfil atual dessas enfermidades no nosso meio, além do impacto sobre elas dos programs de saúde pública desenvolvidos. Isto tem permitido o acompanhamento e a análise da situação de saúde do Estado neste campo temático específico. Adicionalmente, como produto dessas atividades, tem contribuído para a formação de recursos humanos no setor saúde.
