A zona de transição entre a Amazônia, o Cerrado e o Nordeste semi-árido é uma região que se destaca por: (i) alta biodiversidade e porcentagem de espécies endêmicas, (ii) excessiva exploração agropastoril combinado com um alto grau de degradação ambiental, e (iii) pobreza rural e problemas de insegurança alimentar, com uns dos menores ÍDH do Brasil. A agricultura familiar é itinerante e baseada na prática da derruba-e-queima que se tornou insustentável em decorrência das queimadas frequentes e dos insuficientes períodos de pousio. Por outro lado, as pastagens predominam termos de área mas sustentam uma produtividade muito baixa e também se encontram na sua maioria em estados avançados de degradação. Ao contrário dos grandes biomas, a zona de transição tem recebida pouca atenção científica. As pesquisas abrangem tanto assuntos da ciência básica (interações planta:solo, estratégias competitivas) como aplicadas (pousio melhorado, rizipiscicultura).