Este grupo de pesquisa investiga os fundamentos teórico-metodológicos da Teoria da Dependência e sua capacidade explicativa das situações de subdesenvolvimento e de (des) integração nos países periféricos, sobretudo na América Latina. É fundamental conhecermos a relação entre desenvolvimento e subdesenvolvimento em todas as suas dimensões: histórica, econômica, social, político-jurídica, ideológica e cultural, territorial e étnica, para que possamos entender como, no processo, se aprofundam as desigualdades sociais e regionais que caracterizam a realidade do continente e que propiciam ou impedem o processo de integração regional. Nos países da América Latina, estas questões foram tratadas tradicionalmente como uma questão interna aos países, e no nosso continente tem como referência o modelo europeu. As abordagens dependentistas, nos anos 1965 a partir da crítica das teorias cepalinas, foram consideradas como enfoques até que T. dos Santos (1970 e 1972), Ruy M. Marini (1971 e 1973) e Vânia Bambirra (1974), constituíram a vertente da Teoria Marxista da Dependência. A crise econômica e política dos anos 1970 e a nova divisão internacional do trabalho certificaram estas análises quando evidenciaram que, na relação entre os países do capitalismo desenvolvido e os demais, os segundos transferem para os primeiros parte do valor que produzem. O recorte de estudo deste grupo de pesquisa se dá a partir dos elementos teórico-metodológicos. Nosso objetivo é construir uma matriz para análise comparativa das sociedades latino-americanas. O conceito de padrão de reprodução de capital e as categorias de análise em que se desdobra, a da super-exploração da força de trabalho como forma de manter o duplo nível de acumulação de capital, e outras categorias de análise da situação de dominação característica das formações capitalistas dependentes serão objeto de estudo, a partir de que serão transformados em ferramentas efetivas (variáveis e indicadores) de trabalho analítico.