A incidência de doença renal crônica (DRC) terminal encontra-se na faixa de 300-350 casos p.m.p./ano em países desenvolvidos. Deve ser enfatizado que a mortalidade em hemodialisados crônicos continua alta, principalmente, por doença cardiovascular. Também em elevação encontra-se a incidência de insuficiência renal aguda (IRA) relacionada, em parte, ao uso de substâncias nefrotóxicas diagnósticas ou terapêuticas e aos progressos da terapia intensiva. Estudos na área da DRC e IRA podem estar voltados desde a sua prevenção até o seu tratamento.Com relação à DRC, a geração de conhecimentos na fase pré-dialítica poderá, por exemplo, contribuir para retardar a progressão da doença renal crônica e adiar a entrada em diálise. Por outro lado, um melhor entendimento dos fenômenos que acometem os pacientes já em diálise regular poderá melhorar a sobrevida e a qualidade de vida destes enfermos. No que concerne à IRA, tanto o diagnóstico mais precoce quanto um melhor entendimento de sua fisiopatologia representam potenciais instrumentos para diminuição de sua mortalidade.Considerando o grande número de hemodialisados em Niterói e arredores (cerca de 1500 em 2012) e as particularidades geográficas da cidade que permitem um fácil acesso dos investigadores a todos os hospitais e clínicas da cidade, a presente linha de investigação torna-se especialmente profícua. Ainda, o Hospital Universitário Antônio Pedro é o único centro de referência do SUS na Região Metropolitana II do Rio de Janeiro (Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá, Rio Bonito e Tanguá) para investigação de glomerulonefrites por meio de biópsia renal e laudos histopatológicos, o que nos torna um polo de referência para o estudo de glomerulopatias, seu acompanhamento e tratamento. Do mesmo modo, o HUAP é o único centro credenciado para o Transplante Renal nessa região. Soma-se a isso a presença em nossa instituição de grupos voltados para pesquisa básica em imunologia, biologia celular e molecular.
