O isolamento do vírus dengue no Rio de Janeiro em 1986, pelo nosso Grupo de Pesquisa, teve ampla repercussão no país, representando a comprovação da entrada de uma nova entidade clínica que hoje está presente em quase todos os estados brasileiros, com mais de 4.000.000 de casos notificados. O Grupo assumiu um papel de liderança no treinamento de pessoal para vários estados e implantou diversas linhas de pesquisa, várias delas pioneiras no país :1- Epidemiologia molecular do vírus dengue por análise genômica, comparando-se amostras isoladas de várias regiões ao longo dos últimos 15 anos. 2- Análise dos fatores de risco em formas graves de dengue. 3- Patogenia da infecção por dengue no SNC. 4-Desenvolvimento e avaliação de métodos de diagnóstico sorológico e de métodos moleculares dos vírus dengue e febre amarela. 5- Aspectos ultraestruturais da replicação do vírus dengue. 6- Casos fatais de dengue em infecções primárias. 7- Análise retrospectiva por métodos moleculares de espécimens de febre amarela coletados a partir da década de 30. Estas linhas de pesquisa geraram 120 publicações, e cerca de 200 apresentações em eventos, 14 Teses de Mestrado, 13 Teses de Doutorado e 14 Monografias. O Grupo estabeleceu intercâmbio científico com os Laboratorios de Arbovírus do CDC/ EUA de Fort Collins e Porto Rico, Laboratório de Arbovirus do Instituto Pasteur/ Paris, Escola de Saude Publica da Universidade da California/ Berkeley e Universidades de Buenos Aires, Salta e Posadas/ Argentina. O grupo organizou ainda Curso Internacional sobre métodos moleculares na pesquisa de dengue em 1996 como também o 1 Dengue Rio, Congresso Internacional sobre Dengue que contou com 300 participantes de 22 países, sendo o maior evento sobre dengue até então realizado no mundo.