Esse conjunto de pesquisadores tem como diretriz a interseção dos saberes que se desenvolvem nos pontos de contato entre a psicanálise, a estética e a política.Cercando a fugidia noção de objeto, nota-se que, exatamente porque desafia noções precisas ou fixas, ela indica algo capital às disciplinas envolvidas nesta pesquisa. Assim, seja o objeto irremediavelmente decaído, como por vezes vislumbrado na clínica psiquiátrica da melancolia; seja o objeto da psicanálise, necessariamente avesso ao caráter bem acabado do discurso consciente; seja a visualidade e a estranheza do objeto da arte (ou desse algo que gravita em torno dele), encontramos um elemento que coloca em contato diferentes vias de investigação.Tal como o situou Freud, desde sempre perdido, e ao mesmo tempo capaz de dar lugar a uma satisfação (ainda que parcial), o objeto é a encruzilhada que articula as nossas investigações. Dando-se ênfase a esse seu status paradoxal o temos ao mesmo tempo contingente e único; sempre perdido e sempre reencontrado, tal como convém a uma leitura lacaniana de Freud.Há a pretensão de que com esses estudos também sejam obtidos resultados práticos. Neste sentido, os pesquisadores retornam a seus campos de trabalho e às inserções e intervenções que sustentam no campo da crítica de arte, da saúde mental e da instituição psicanalítica.A produção de encontros, cursos, publicações e exposições também é esperada.