Modelos animais são úteis por confirmarem estudos em humanos e proporcionarem o desenvolvimento de intervenções terapêuticas apropriadas. Existem numerosas pesquisas que estudam o efeito de terapias físicas na histofisiologia do sistema nervoso em vários modelos animais de patologias. No entanto, alguns modelos experimentais, tais como a paralisia cerebral (PC), ainda carecem de pesquisas, já que os modelos vigentes (modelo inflamatório e o modelo de hipóxia-isquemia, não causam as alterações motoras que ocorrem em humanos com PC). O objetivo do grupo é desenvolver um modelo experimental que cause as alterações histofisiológicas presentes em crianças com PC e, assim poder estudar o efeito de tratamentos nessas alterações. Outro modelo experimental que estamos estudando é o modelo da diabetes mellitus, no qual procuramos descrever as alterações histológicas envolvidas na neuropatia periférica, bem como os efeitos do exercício físico nessa doença. Também alguns aspectos específicos das terapias físicas não tem sido estudados, o que prejudica a aplicabilidade dos estudos. Por exemplo, pouco tem sido estudado sobre os efeitos de treinamentos específicos, tais como o fortalecimento muscular (exercício com carga) e o exercício aeróbico (tanto em esteira, como em meio aquático) em patologia do sistema nervoso periférico, como o esmagamento do nervo ciático, assim como no envelhecimento. O estabelecimento de aspectos específicos das terapias e suas conseqüências pode proporcionar maior esclarecimento e aplicabilidade na prática da recuperação funcional.Para tanto utilizamos testes funcionais que visam avaliar as alterações motoras causadas pelas patologias, como por exemplo, o índice de funcionalidade do ciático, a cinemetria, o grid runway , avaliação do desenvolvimento neurológico, entre outros. As alterações morfológicas são estudadas qualitativamente e quantitativamente utilizando tecnicas ultraestruturais, imunoistoquimicas e estereologicas.