O Grupo de pesquisas Etnografias do Capitalismo Contemporâneo propõe congregar etnografias que revelam as diversas facetas do capitalismo contemporâneo, que se enraízam historicamente nos estilos de gestão e estratégias políticas delineadas nas organizações públicas, privadas e transnacionais. O Grupo tem sua gênese do Programa Estilos de Antropologia, da UNICAMP, coordenado pelos professores Cardoso de Oliveira e Guilhermo Ruben na década de 80 que, inspirados em Granger, resgatam a noção de estilo. Esta noção transplantada ao universo das organizações seria a idéia matriz para a constituição do Grupo coordenado por Ruben desde o final dos anos 1980. A princípio restritos ao Grupo na Unicamp, os objetos e os conceitos teóricos replicam-se hoje em diversas instituições de ensino e pesquisa tanto no Brasil (UFF, PUC- RS, USP, UFC, UFPB) como fora das fronteiras nacionais (Sevilla, Argentina e Canadá), o que mostra o aumento exponencial desse campo de estudos. Ressalta-se também que, com isso, novos focos empíricos foram agregados, como as organizações em economia solidária, finanças solidárias e microfinanças. Neste sentido, o presente Grupo propõe aglutinar pesquisas empíricas realizadas em organizações públicas, privadas, transnacionais, empreendimentos econômicos solidários, cooperativas, sindicatos, ong´s e instituições de microfinanças, que revelam diversas facetas, contradições, e dilemas do capitalismo contemporâneo, mediado, historicamente, pela cultura e enraizado na tradição local.