A Mata Atlântica sensu stricto, Floresta Pluvial Atlântica ou Floresta Ombrófila Densa estabelecida na costa atlântica brasileira é uma formação altamente heterogênea, destacando-se como uma das maiores florestas tropicais das Américas, com faixa latitudinal estendendo-se em regiões tropicais e subtropicais, que cobria inicialmente 150 milhões de hectares, sob condições ambientais diversas. Somada às características geográficas, as variações longitudinais, refletidas em variáveis altitudinais e pluviométricas, conferem à Mata Atlântica s.s. alta diversidade e endemismos. A estrutura da Mata Atlântica s.s. tem seu histórico de pesquisas ligado a inúmeros estudos de natureza florística e fitossociológica. Os limites das formações vegetais e as relações entre as comunidades e os ambientes torna os estudos florísticos e estruturais até o momento desenvolvidos, ainda pouco conclusivos. Três pontos são fundamentais nessa afirmação: a falta de padronização metodológica nos estudos florísticos e estruturais realizados no Brasil, que gera dificuldade para a realização de comparações seguras, que contribuiriam muito para um melhor entendimento dos padrões existentes; o caráter momentâneo dos primeiros estudos, que possibilitaram a avaliação da estrutura e da composição da vegetação, impedindo uma discussão da dinâmica vegetacional; e a escala de abordagem, que inicialmente atém-se a características locais, impossibilitando comparações em níveis regionais. Dessa forma as ações do grupo de pesquisa objetivam estudar a composição florística e as relações florístico-estruturais entre diferentes formações na floresta atlântica no sul de Santa Catarina, Brasil, atualmente fragmentadas principalmente pelas atividades de mineração, agricultura e ocupação desordenada. Com base no conhecimento adquirido pretende-se facilitar ações daqueles que visam reverter a situação ambiental pelo aumento da biodiversidade local e consequente melhoria da qualidade de vida regional.
