Em 1978, o recém-criado Hospital de Moléstias Tropicais já era a referência, no Estado do Amazonas, para o atendimento das principais doenças infeccciosas da região. Da necessidade de se controlar a doença e também produzir conhecimento a partir dos pacientes atendidos, foi criado o Laboratório de Malária daquele hospital, que contava com apenas quatro funcionários: um médico, uma bioquímica e dois microscopistas. Em seguida, mais pessoas foram aglutinadas sob a égide da assistência e da pesquisa clínica, epidemiológica e laboratorial. Era o início da Gerência de Malária do então Instituto de Medicina Tropical de Manaus. Ao longo destes anos, o grupo tem se dedicado ao estudo clínico tanto da malária falciparum como da malária vivax, desenvolvendo estudos de resistência in vivo e in vitro do plasmódio aos anti-maláricos, além de ensaios terapêuticos e validação de novos testes diagnósticos. Sua atuação sempre foi ubiqua, navegando os seus pesquisadores desde Manaus até os rincões dos Rios ltuxi e Coari. Para atingir sua maturidade, o grupo contou com o apoio do Núcleo de Medicina Tropical de Brasilia, das Secretarias Estadual e Municipal de Saúde, do Governo Federal e até de entidades internacionais como a OMS. O pequeno laboratório que fora criado simplesmente para o diagnóstico da malária viria a se tornar um dos maiores núcleos de pesquisa em Malária do país e um dos setores de pesquisa de maior destaque da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas (desde 1998), contando hoje com quadro de 13 pesquisadores. Participa da execução de projetos de iniciação científica, teses de mestrado e doutorado, além de coordenar grande parte dos protocolos multicêntricos de pesquisa em Malária no Brasil. Sua produção científica pode ser encontrada em periódicos como a Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, Journal of lnfectious Diseases e Acta Tropica.
