O grupo de pesquisa SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO iniciou suas atividades no ano 2006. Nosso trabalho inicialmente teve como foco a caracterização de neurônios do trato gastrintestinal de pacientes chagásicos conforme a expressão de neuropeptídeos, o que, além de nos responder algumas perguntas referentes ao desenvolvimento do megacolon chagásico, nos disponibilizou um leque de possibilidades, principalmente no que diz respeito às terapêuticas. Dentre as principais descobertas de nosso grupo, apontamos a demonstração da existência de uma destruição seletiva de neurônios no megacólon chagásico, provamos que a regeneração neuronal se dá de forma mais eficiente em pacientes chagásicos portadores de megacólon em relação a indivíduos não chagásicos, caracterizamos os receptores de Substância P, uma importante proteína de ações conhecidas tanto no sistema nervoso entérico quanto no sistema imune, em pacientes chagásicos, resultados que nos levaram a caracterizar os canais de potássio em nossos pacientes com a finalidade de compreender um pouco mais da fisiologia intestinal. Apontamos o papel de células T regulatórias Foxp3+ junto ao processo de apoptose neuronal. Recentemente temos nos concentrados na identificação das substâncias que atuam tanto sobre o sistema nervoso entérico quanto no sistema imune presente no trato gastrintestinal e sua repercussão clínica nos pacientes. Acreditamos que ao desvendarmos aspectos clínicos e suas relações com as alterações patológicas em componentes celulares e substâncias quimicamente ativas no trato gastrintestinal, estaremos contribuindo não só para a descoberta de novas metodologias terapêuticas na doença de Chagas, mas também para um amplo espectro de doenças que afligem o sistema digestivo, como doença de Chron, doença inflamatória intestinal, síndrome do intestino irritável e doença de Hirschsprung.
