Segundo a Organização mundial de sáude o câncer é responsáveis por cerca 12% dos óbitos mundiais. Apesar do avanços tecnológicos e do grande número de quimioterápicos disponívieis, o índice de cura do câncer ainda é muito baixo. Tem sido proposto que a resistência múltiplas drogas (MDR) seja um dos principais responsáveis pela falha quimioterápica no câncer. O fenótipo MDR pode ser resultante de vários mecanismos dos quais a expressão de proteinas transportdoras (P-gp, MRP1, BCRP) e alterações das vias que levam á apoptose, são os mais conhecidos. Clinicamente a MDR é definida como a falha em responder a uma série de quimioterápicos que divervem entre si quanto à estrutara, modo de ação e alvos. Portanto, devido a seus mecanimos de resistência tumores com fenótipo MDR continuam proliferando, gerando metástases e levando o paciente a óbito. Nesse contexto, a descoberta de novas substâncias capazes de matar esse tipo de tumores é de grande interesse para a clínica. Nos últimos anos o nosso grupo vem se dedicando à busca de alternativas para o tratamento de neoplasias, avaliando o potencial quimioterápico de novas substâncias obtidas de produtos naturais e de compostos obtidos pela modificação química de substância já conhecidas. Como resultado desse trabalho nosso grupo identificou uma série de substâncias que tem atividade contra diferentes tipos de neoplasias que apresentam fenótipo MDR (como câncer de pulmão, melanomas, gliblastomas, leucemias etc.). Portanto, tendo em vista que o fenótipo MDR tem sido apontado como a principal causa de falha quimioterápica no câncer e como tendo um importante papel no desenvolvimento de metástases, os resutados obtidos, podem ter uma importante contribuição para a terapia do câncer. Os resultados obtidos com uma dessas substâncias, o ácido pomólico, resultou em patentes nacional e internacionais e está em fase final de negociação com uma indústria para o desenvolvimento de um produto.
