A circulação contínua de agentes infecciosas entre seres humanos, somente foi possível quando o homem passou a viver em sociedade, gerando condições para assumir o papel de reservatório de microrganismos e parasitas. O desenvolvimento das diferentes civilizações e o aumento da população humana acarretou na disseminação das doenças infecciosas, levando, esporadicamente, a surtos e epidemias, as quais estavam intimamente ligadas a falta de saneamento, higiene e outros comportamentos. O advento das vacinas e antibiótico, bem como, o melhoramento do saneamento urbano e das condições de nutrição propiciaram melhorias significativas nas condições de vida do homem. Entretanto, o processo de urbanização, com constantes alterações ambientais, a migração e aumento do intercâmbio internacional, possibilitou ressurgir a disseminação de doenças infecciosas, assim como de novos agentes infecciosos e a difusão mundial de agentes anteriormente restritos a áreas geográficas específicas. Nos anos 90 surge o conceito de doenças infecciosas emergentes e re-emergentes, sendo definido como: patologias cuja incidência esta em constante crescimento, podendo tornar-se uma ameaça à espécie humana ou ainda, doenças infecciosas conhecidas que reapareceram ou tiveram um aumento significativo na sua incidência. Frente a esta problemática, é necessária uma contínua vigilância e controle epidemiológico destas patologias bem como o desenvolvimento de arsenal diagnóstico eficiente e rápido que permita a detecção e caracterização do patógeno, possibilitando o tratamento da doença e o controle da mesma.