Os peptídeos biologicamente ativos desempenham uma série de funções importantes no organismo de vertebrados, quer como sinalizadores de mensagens intra e intercelulares ou como moduladores de diversas funções fisiológicas importantes. Um grande número desses peptídeos já foram descobertos e o seu número aumenta dia a dia. Como exemplos de alguns desses peptídeos podemos citar: a) a bradicinina, envolvida nos processos de inflamação e dor; b) a angiotensina 2, envolvida no controle da pressão arterial; c) o peptídeo natriurético atrial (ANF), envolvido no controle da volemia e também da pressão arterial; d) os peptídeos beta-amilóides, envolvidos na Doença de Ahlzeimer; e) as encefalinas, envolvidas na modulação da dor, dentre inúmeros outros. A ação fisiológica dessas substâncias depende, fundamentalmente, do seu metabolismo e consequentemente das enzimas envolvidas na sua inativação. Nos útimos anos este grupo tem estudado uma nova família de metaloenzimas de vertebrados que inativa hormônio-peptídeos, tendo como protótipo a dactilisina (EC 3.4.24.60), a qual foi também isolada e caracterizada. Atualmente, estudamos subtipos dessas enzimas isoladas da pele anfíbios e de alguns orgãos humanos (pós-mortem) como o fígado e cérebro humanos. Essas novas metaloenzimas parecem participar da inativação fisiológica de muitos peptídeos biologicamente ativos, como os peptídeos opióides, os vasoativos, como a bradicinina e ANF e os beta-amilóides.