Historicamente os carrapatos e as doenças por eles transmitidas tem sido incriminados como um dos fatores limitantes do desenvolvimento da saúde animal e também responsável por problemas em saúde pública nos países tropicais e subtropicais. Os carrapatos são vetores de bactérias, protozoários, riquétsias e vírus para homens e animais domésticos. Doenças como Lyme, encefalites em homens e babesioses em animais domésticos são transmitidas exclusivamente por carrapatos. Estes dados reforçam a necessidade de ampliação dos conhecimentos, objetivando o controle integrado deste parasito.O desenvolvimento e aplicação de medidas alternativas de controle evitará o uso intenso e indiscriminado de produtos químicos, que atualmente predomina como prática, acarretando prejuízos dentre os quais: poluição do meio ambiente, redução de predadores naturais, ocorrência de níveis intoleráveis de resíduos, desenvolvimento de cepas resistentes, além de custos elevados aliados a resultados ineficazes tornando desfavorável a relação custo benefício.Os agentes utilizados para controle microbiano podem ser estudados e devem fazer parte de um conjunto de medidas que, quando aplicadas, resultem na manutenção da população do artrópode, de forma que não causem danos.Independente da forma como é conduzido o controle de carrapatos, o conhecimento da sua ecologia, principalmente dos fatores que limitam sua população são muito importantes. Os fatores que podem limitar sua população são os patógenos, predadores e parasitóides. Dentre os patógenos, o grupo dos fungos entomopatogênicos tem sido alvo de pesquisa com relação a sua atividade em carrapatos.