Apoiando-nos em estudos que indicam que a sociedade moderna lida mal com a morte e também tende a negá-la (Ariés, 1975; Elias, 2000); observando que isso prejudica às diferentes intervenções psicológicas junto aos pacientes terminais, aos que tentam o suicídio e aos idosos nas diferentes instituições(Kübler-Ross, 2000), as pesquisas produzidas pelo NEPTS contribuirão basicamente: 1o) para ampliar o conhecimento sobre a tanatologia a fim de que do ponto de vista da sociedade como um todo, desvende-se novos sentidos sobre a própria vida e se ofereçam outros elementos para que a relação com a morte e o morrer se torne menos preconceituosa; 2o) problematizar a tanatologia junto à produção da subjetividade contemporânea, particularmente para que se pense a saúde menos como "quantidade de vida" e mais como a busca de "qualidade de vida", ou seja, até diante da hipótese de ter pouca esperança para seu corpo biológico, o paciente possa repensar e valorizar seus vínculos significativos, aumentando-lhe as chances de ver a morte como uma das fases de desenvolvimento e não como "fracasso"; 3o ) para além da área de saúde, pretende-se também que as pesquisas do NEPTS possam contribuir para um repensar das "mentalidades" sobre a morte e o morrer, as quais rubricadas por distintos modos de subjetividades, são reproduzidas ou produzidas a partir dos grupos, das organizações e das instituições sociais.
