As Doenças Crônicas Não-transmissíveis,definidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2008 e onde estão incluídas as doenças cardiovasculares, respiratórias crônicas e Diabetes Mellitus (DM),referem-se a um conjunto de doenças que têm fatores de risco em comum e podem contar com uma abordagem semelhante. Estas doenças têm sido responsáveis pelo comprometimento da qualidade de vida,incapacidade funcional e por mortes prematuras, tanto nos países ricos como nos de média e baixa renda.No Brasil, as DCNT, respondem pelos maiores gastos com atenção médica no SUS e em 2005, dos seis bilhões gastos com o pagamento de autorizações de internação hospitalar as DCNT representaram 58% do gasto total, liderado pelos gastos das doenças cardiovasculares (22%), doenças respiratórias crônicas (15%) e neoplasias (11%). Desta maneira, o programa de reabilitação consiste em um recurso terapêutico que promove a reversibilidade das perdas funcionais que se seguiram a inatividade. Neste contexto, o exercício atende às necessidades e objetivos de cada indivíduo, influindo na melhora da tolerância ao exercício e na capacidade funcional, com conseqüências na qualidade de vida, além de reduzir os sintomas de ansiedade e depressão, o número de internações e, sobretudo, resgatar a auto-estima destes indivíduos. Todos estes princípios são garantidos pelo atendimento e acompanhamento da equipe multidisciplinar, composta por médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, nutricionistas, educadores físicos, psicólogos, entre outros. Além do aspecto de reabilitar, busca-se trabalhar a prevenção e o melhor controle dos fatores de risco.As investigações priorizam a produção de conhecimentos essenciais para novas propostas e estratégias de melhoria desta situação, visando à educação em saúde.