O Brasil é o sexto consumidor de medicamentos no mundo, com um mercado que envolve cerca de 16 bilhões de dólares anuais. Dentre os medicamentos, os que incluem plantas medicinais representam cerca de 500 milhões de dólares anuais. Esses medicamentos à base de vegetais têm se constituído em alternativas concretas de mais de 80% da população para doenças e/ou sintomas que afetam a saúde, e tem sido um mercado crescente.A maior parte das plantas medicinais nativas utilizadas é proveniente do processo de extrativismo, e por conta da extração não sustentável, algumas espécies correm sério risco de extinção. As espécies exóticas utilizadas, em sua maioria, são importadas. Para atender a essa crescente demanda, a área de produção da matéria prima vegetal tem tido um crescimento bastante grande. Produtores rurais têm nisso uma fonte de renda alternativa e está havendo um incremento em área cultivada. Os setores de C&T têm se apercebido disso e buscam satisfazer as demandas de mercado.O processo de cultivo vem atender a algumas exigências, como a manutenção da qualidade da matéria prima vegetal, a estabilização da oferta, a possibilidade de garantir o volume de material necessário, o fortalecimento da atividade agrícola para pequenos e médios agricultores e também de evitar o desaparecimento de espécies vegetais que estão sendo sistematicamente extraídos de seus ambientes de origem.Dentro da Resolução 17, de 2001, da ANVISA, a origem da matéria prima vegetal é fundamental para a garantia da qualidade do produto fitoterápico e isso pode ser assegurado pelo estabelecimento de boas práticas agrícolas.O grupo pretende pesquisar técnicas agronômicas na produção de plantas medicinais, aromáticas e condimentares, visando contribuir para esse setor que está crescendo bastante no Brasil.