A Agmatina é uma amina endógena presente em vários tecidos de animais mamíferos, onde funciona como uma substância neurotransmissora/neuromoduladora. Apresenta diversidade de efeitos, com ações mediadas por receptores farmacológicos, enzimas ou canais iônicos. Estudos demonstram que a agmatina pode ter potencial aplicação terapêutica em alguns distúbios, como hipertensão arterial sistêmica, diabetes melitus, depressão e dor inflamatória. Em nossos trabalhos anteriores, verificamos que a amina influencia a neurotransmissao autônoma no ducto deferente de ratos de maneira dual, podendo ou inibir ou potencializar a neurotransmissão, conforme a porção do órgão estudada, através de ações em receptores alfa-2 adrenérgicos pré-sinápticos e bloqueio de canais de potássio pós-sinápticos; outros mecanismos, entretanto, ainda não forma elucidados. Verificamos, também, sua participação em receptores colinérgicos nicotínicos, onde a amina é capaz de inibir a neurotransmissão. Na sequência de nossa investigação, objetivamos esclarecer eventuais outros mecanismos pelos quais a amina interfere na neurotransmissão autonômica simpática, podendo portanto ter impacto em algumas condições fisiopatológicas relacionadas a esta divisão do sistema nervoso. Considerando que a agmatina e o óxido nítrico são ambos metabólitos da arginina, dividindo uma via metabólica comum, investigamos a possibilidade de um metabolismo interregulátorio entre estas moléculas na neurotransmissão adrenérgica.
