A citogenética animal vem sendo desenvolvida desde o início da década de 1970, sendo que muito se conhece atualmente sobre os cromossomos de diferentes grupos animais. O seu emprego pode ser tanto na área da ciênca básica sendo um importante recurso nos estudos taxonômicos, sistemáticos, evolutivos, biogeográficos e na identificação da biodiversidade. Quanto na área aplicada ou tecnológica, onde se tem híbridos de espécies sendo criadas como é o caso do tambacú, que foi criado em laboratório, é estéril, sendo atualmente largamente difundido entre a piscicultura nacional. O laboratório da UFMT tem como objetivos atuais trabalhar com citogenética no seu plano básico, conhecendo melhor os peixes do estado de Mato Grosso em suas distintas bacias hidrográficas, mas com ênfase no Pantanal. A citogenética de peixes se encontra em plena atividade com cerca de 90 espécies já cariotipadas, das 266 identificadas (Britski et al., 1999), havendo ainda um número significativo por ser trabalhado. Além disso, técnicas de genética molecular estão sendo usadas para ajudar a rezolver problemas levantados pelas análises citogenéticas, bem como auxiliar no entendimento de populações, através de marcadores moleculares.