O Grupo busca desenvolver, por um ponto de vista transdisciplinar, mas em especial o da CRIMINOLOGIA, uma compreensão das principais características do campo jurídico, ou do sistema penal e do campo midiático-cultural, para em seguida estabelecer uma abordagem das referências de interação entre os mesmos e as subculturais criminosas e violentas. Trata-se de abordar esses objetos como produtos culturais, pelo prisma das concepções criminológicas relacionadas à linha de pesquisa CRIME, VIOLÊNCIA E SEGURANÇA PÚBLICA, de modo a esclarecer as relações de concorrência por legitimação entre todos esses grupos sociais, para finalmente apontar as divergências na disputa entre os agentes que compõe tais campos, pelo controle do discurso de poder simbólico - tradicionalmente monopólio do campo jurídico - que cria enquanto descreve a realidade social. Desse modo, concentramos esforços no sentido de abordar a relação entre a mídia, em especial a televisão, e o sistema penal, uma interação que reflete os movimentos e percepções sociais, contraditórios no que se refere ao crime e à violência, ou seja, por um lado, o questionamento sobre a legitimidade da noção de crime e do sistema penal, e por outro, os discursos por sua legitimação e expansão internamente às intituições jurídico-estatais de segurança pública. Busca-se também, no que se refere à criminologia cultural, estabelecer o papel desempenhado pelos meios de comunicação social, e todos os meios de veiculação cultural, no que se refere à difusão de ambas as posições. Procura-se assim compreender os mecanismos de ação e legitimação dos mesmos, levantando-se em conta também as referências teóricas que fundamentam os argumentos jurídicos e midiáticos sobre crime e controle da criminalidade.