Este grupo trata dos processos de inter-nacionalização, trans-nacionalização e globalização das culturas.Partindo do suposto de que as culturas não são objetos passíveis de mensuração quantitativa e que, portanto requerem uma postura metodológica distinta do modelo explicativo, este grupo de estudo tem por objetivo entender as culturas em seu sentido interpretativo, tal como aquele atribuído por Clifford Geertz, e enunciado por Max Weber onde o sentido e intencionalidade dos atores sociais constituem o foco privilegiado de análise. Nossa proposta conceitual é pensar o fenômeno da globalização a partir dos hibridismos culturais que provoca sem que com isso "comprometa" a chamada ?cultura local?. Entendendo que os grupos sociais jamais constituíram grupos puros ou culturalmente isolados, privilegiamos o lugar das fronteiras, dos limites e da formação do híbrido como loci da cultura, os quais merecem um olhar mais atento e provocador. Entendendo que a cultura é pública, este grupo de estudos investiga as maneiras pelas quais determinados símbolos culturais são reapropriados por distintos atores nacionais, internacionais ou trans-nacionais no sentido de entender como cada ator imprime suas próprias marcas nas chamadas culturas globais e criam algo novo, diferente do originário, pois a partir do momento da apropriação, o agente social impõe uma leitura própria de um símbolo cultural global. Partindo destas premissas básicas, este grupo de pesquisa pretende fomentar o debate acerca dos processos de internacionalização da cultura e verificar em que medida é possível analisá-los em profundidade e em fidelidade aos sentidos dados pelos próprios agentes sociais.
