Devido ao acidente da usina nuclear Three Mile Island (TMI), os organismos reguladores de usinas nucleares passaram a exigir que todas as usinas fossem dotadas de um sistema de apoio à decisão para auxiliar o operador tanto em condições de operação normal como também em caso de acidentes. Dentre deste contexto nos anos 80 formou-se o grupo de fatores humanos do PEN/COPPE que tem como um dos seus principais objetivos, formar novos mestres e doutores na área de Engenharia Nuclear e Fatores Humanos e aplicar o conhecimento da pesquisa na elaboração de sistemas de monitoração, supervisão, diagnóstico e de otimização, utilizando técnicas de Inteligência Artificial. Devido à multidiciplinaridade inerente a esses sistemas e processos, várias técnicas de inteligência artificial são estudadas, envolvendo: técnicas de otimização evolucionária como algoritmos genéticos, programação genética, sistemas de colônias de formigas e enxame de partículas; modelagem e identificação usando sistemas especialistas neuro-nebulosos baseados em redes neuronais e lógica nebulosa. Adicionalmente, técnicas de processamento paralelo e computação quântica são estudadas para determinar novas formas de implementação de algoritmos.Atualmente com a construção de novas usinas nucleares com I&C digital a Engenharia de Fatores Humanos tomou nova dimensão no projeto das mesmas, principalmente em relação a sala de controle. Normas, metodologias e pesquisas são desenvolvidas de modo a permitir um plano de HFE que permita projetar,verificar e validar a interação homem maquina nesse novo ambiente que ainda não conta com a experiencia operacional das Usinas Nucleares com I&C analógico.Sob orientaçào do grupo de fatores humanos, já foram defendidas 27 teses de mestrado, e 21 teses de doutorado. Algumas teses se transformaram em projetos, como as relacionadas com recarga de usinas nucleares e sistemas especialistas para os sistemas de monitoraçào e diagnóstico de plantas nucleares de Angra 1 e 2.