O uso e ocupação do meio físico interage fortemente com processos geodinâmicos superficiais (erosão, movimentos em encostas, inundações, assoreamento, etc.). Estes processos representam a evolução geomorfológica recente dos terrenos, porém devem ser estudados considerando-se as atividades humanas (ocupação urbana, agricultura, mineração e produção de energia) e suas influências. A abordagem destes processos têm diferentes viéses. O primeiro deles refere-se às situações de risco geológico, perdas de terras, degradação ambiental e desperdício de recursos naturais que são conseqüências dos processos naturais, podendo estes ser induzidos ou acelerados pela ação humana; um outro viés está relacionado ao planejamento da ocupação territorial enfocando o meio físico, através da cartografia geotécnica e geoambiental, tendo um caráter notadamente preventivo e sendo base para outros estudos interdisciplinares, pela interação dos aspectos geológicos e ambientais com as demais ciências. Um terceiro campo de interesse refere-se aos estudos relacionados a instrumentos de políticas públicas definidos com os objetivos de proteção e gestão ambiental. Especificamente, esta área de estudos envolve a análise da eficácia ambiental dos EISs/RIMAs, PCAs, PRADs e de outros instrumentos de política de fomento à proteção ambiental. Os conhecimentos a serem gerados possuem grande aplicação prática tanto para o poder público, como para o setor privado, proprietários de terras e população em geral. A interdisciplinariedade prevista amplia a possibilidade de compreensão dos fatores envolvidos e das soluções propostas. Finalmente, ressalta-se a importância do entendimento dos mecanismos e instrumentos de política pública ambiental e de sua eficácia em termos de proteção ao meio ambiente e a análise ambiental de projetos que interferem no meio físico.
