Nos últimos anos o termo Qualidade de Vida tem sido explorado intensamente, mas sem haver um consenso de um conceito universal. Qualidade de Vida é uma abordagem ampla que inclui aspectos relacionados à saúde, à doença, educação, tipo de vida, família e comunidade, podendo ser afetada por fatores como nível sócio-econômico, desenvolvimento e personalidade do indivíduo. A partir da década de 70, as técnicas para avaliação da Qualidade de Vida na área da saúde vêm sendo desenvolvidas, uma vez que as taxas de morbidade e mortalidade se mostravam insuficientes para melhor compreensão do processo saúde-doença. Os pesquisadores têm se preocupado mais amplamente com os problemas advindos da cronicidade das doenças e do longo tempo de tratamento. A cronicidade da doença pode resultar em eventos estressantes como sintomas físicos, mudanças no estilo de vida, modificações corporais e mudanças de papéis sociais. As interferências da doença na capacidade física, no trabalho, nas atividades diárias e na auto-estima são aspectos significativos que influenciam o modo de vida dos pacientes. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (1995) (OMS), Qualidade de Vida (QV) é a percepção do indivíduo sobre a sua posição na vida, no contexto da cultura e dos sistemas de valores nos quais ele vive, e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. Presentes nessa definição do construto Qualidade de Vida encontram-se os aspectos fundamentais referentes à multidimensionalidade, subjetividade e a presença de dimensões positivas e negativas. Tendo como missão, atuar na área de hematologia, hemoterapia, células e tecidos com excelência e responsabilidade social, a Fundação Hemominas possui grande interesse no desenvolvimento de estudos de caracterização da Qualidade de Vida da população assitida. A partir destes estudos, pretende-se entender as necessidades da população e criar políticas públicas de saúde que possibilitem melhora na Qualidade de Vida do público alvo.
