Há mais de 3 décadas o Serviço de Reumatologia vem servindo como centro de referência na comunidade local para o diagnóstico e tratamento de pacientes com doenças difusas do tecido conjuntivo. Dentre estas doenças, o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) tem sido alvo especial de esforço para a geração de novos conhecimentos, tendo sido o tema das teses de mestrado e doutorado dos líderes (JCTB e OAM)e outros integrantes. No primeiro caso, a investigação centrou-se na compreensão da relação do sistema HLA com a doença e com associações com os diversos auto-anticorpos que a caracterizam, enquanto no segundo, a investigação foi centrada no papel da lectina ligadora da manose e da vitamina D na fiosiopatogenia da doença. Além disso, vários aspectos clínicos do LES têm sido investigados, como suas manifestações renais, onde temos coletado um dos maiores arquivos nacionais de pacientes estudados com biópsia renal, manifestações neuropsiquiátricas, com estudos já realizados que incluíram investigação de alto nível tecnológico. Também houve criação de uma banco de DNA genômico e soroteca que estão estocados e já foram utilizados para produção científica, inclúindo teses de doutorado e dissertações de mestrado. Estão em andamento projetos de mestrado avaliando dano endotelial em pacientes com LES, associação do perfil de citocinas e níveis séricos de vitamina D e estudo da reserva ovariana no LES. Este grupo também assumiu juntamente com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, papel de liderança e organização administrativa do levantamento de um extensa base de dados nacional para se conhecer melhor vários aspectos da epidemiologia do LES no Brasil. Em nível internacional, os participantes integram o Grupo Latinoamericano de Estudo do LES (GLADEL) que resultou em inúmeras publicações internacionais.
