Este grupo de pesquisa propicia oportunidades para o estudo e análise de aspectos teóricos, conceituais e metodológicos relacionados a uma nova História do campo político, aberto a abordagens comparativas entre o o Brasil e outros países do Cone Sul. As aproximações com o campo político por parte de uma historiografia do tempo presente apontam para novas perspectivas sobre as formas de poder e as culturas políticas, entendidas como mecanismos de percepção, apropriação e de práticas sociais nas relações que envolvem a dominação social e as construções culturais relativas ao poder do Estado.Isso significou entender o campo político como uma articulação entre experiências sociais e suas representações. Idéias e culturas políticas tornaram-se instigantes campos de pesquisa, indispensáveis para a compreensão das sociedades contemporâneas, de modo a perceber as diferenciações locais e internacionais. Tal transformação foi propiciada pela propagação e disponibilização de novas fontes documentais, como registros fotográficos, sonoros e audiovisuais. Isso significou uma ampliação dos estudos que já vinham sendo feitos sobre a estetização da política, os aspectos emocionais que envolvem a significação dos diversos símbolos e das práticas ligadas a eles, que além dos desfiles, festas, comícios, passaram a envolver também o uso de elaboradas técnicas de propaganda publicitária, design gráfico e marketing eleitoral. Também cabe enfatizar a questão da produção literária, musical e artística, bem como no campo da comunicação, suas relações com o mercado, as indústrias culturais, a crítica e a opinião pública. A televisão e a produção audiovisual tornaram-se o meio hegemônico na produção e circulação das representações sociais. No que diz respeito à memória da ditadura civil-militar é importante destacar os diferentes enquadramentos e as operações históricas criadas pelos meios de comunicação em torno dos processos de redemocratização.
