O uso de plantas medicinais tem crescido em todo o mundo, inclusive no Brasil. No entanto, faltam estudos farmacológicos e Bioquímicos que comprovem a eficácia destas plantas. Estudos recentes do grupo mostraram a atividade antiproliferativa de vários compostos extraídos de plantas utilizadas na medicina popular contra formas parasitarias de Trypanosoma cruzi, agente etiológico da doença de Chagas. Dessa forma, nosso grupo visa identificar enzimas e/ou vias metabólicas do T. cruzi como possíveis alvos para a ação de compostos naturais e assim traçar uma correlação entre o mecanismo de ação e os efeitos biológicos destas drogas contra formas parasitárias do T. cruzi. Por outro lado, compostos naturais podem também atuar nas células do hospedeiro controlando a resposta inflamatória aguda através da produção de espécies reativas de oxigênio mediado principalmente pelo sistema NADPH oxidase. Em condições normais a resposta inflamatória aguda é mantida sob um controle rígido resultante de processos de ativação e desativação celular complexos mediado por moléculas endógenas ou exógenas. Falhas neste controle podem levar a imunossupressão ou exacerbação da resposta inflamatória. Neste sentido, nosso grupo tem adicional interesse no estudo da ação de compostos naturais sobre a bioquímica de fagócitos, especialmente sobre o sistema enzimático NADPH oxidase e mieloperoxidase. Além do interesse na modulação do sistema imune estes estudos buscam favorecer o uso farmacológico de combinações que apresentem alvos distintos no metabolismo do T. cruzi podendo levar ao emprego de concentrações menores de cada medicamento, reduzindo assim seus efeitos colaterais.