Indivíduos e comunidades humanas, vivendo no limiar da sobrevivência ou interessados em acumular riquezas para usos particulares, são impelidos a adotarem comportamentos com conseqüências frequentemente danosas ao meio ambiente. Os riscos ao ambiente decorrentes de necessidades de sobrevivência ou desejo de acumular podem se acentuar pela influência de valores socioculturais que orientam o comportamento humano ou pela desinformação quanto à dinâmica que os diferentes componentes ambientais (bióticos, abióticos e antrópicos) estabelecem entre si. Parte significativa dos riscos poderia ser evitada se alternativas de sobrevivência, mais informação sobre a dinâmica dos componentes ambientais e dos fatores que mobilizam os atores sociais para a proteção do meio ambiente fossem acessíveis. Uma estratégia para se desenvolver alternativas sustentáveis locais é através da identificação das potencialidades socioculturais e naturais do local. Paralelamente, há necessidade de se investigar em cada contexto sócio-ambiental os fatores que atuam significativamente na mobilização dos atores sociais para ativar as potencialidades e delinear modelos de gestão sustentáveis, seja dos componentes bióticos e abióticos do ambiente, seja nos setores de produção e de serviços, até no ambiente de vivência das comunidades humanas. Por fim, a identificação de indicadores e a elaboração de medidas de sustentabilidade ambiental, nas dimensões social, econômica e dos recursos naturais torna-se necessária para se avaliar o nível de sustentabilidade em que se encontram as comunidades humanas, estabelecer relações entre os indicadores e definir estrátégias e políticas para abordar aqueles que mais atuam na elevação das medidas de sustentabilidade ambiental.
