O grupo pretende conectar pesquisas realizadas pelo(a)s pesquisadore(a)s que o compõem sobre história, memória, imaginário, cultura, patrimônio, gênero e identidades, abordados na perspectiva da representação. Tal abordagem recoloca o acontecimento no fluxo da mudança histórica. Sem se prender apenas à longa duração, que caracterizou a história das mentalidades, explora recortes de objetos em outras durações. Centrada na dimensão social da história, busca alcançar aspectos esquecidos ou não ditos das práticas sociais, tais como o lúdico, a criatividade, as identidades, as religiosidades, a loucura, os imaginários políticos, os vínculos e os traumatismos sociais.Esta ?história das representações?, como bem a caracterizou Paul Ricoeur, redefiniu a escala da análise dos objetos, atentando para a trajetória de indivíduos, de seus espaços, de sua parentela e de seus amigos (como na micro-história). A construção do campo da história cultural, desde as décadas de 1980 e 1990, abriu as portas da história a uma complexidade de saberes que repercute nos rastros e testemunhos gerados nas mais variadas produções humanas. Para apreendê-los, é necessário debruçar-se sobre múltiplos objetos que nos permitem ler a história a contrapelo, como propõe Walter Benjamim: fotografia, cinema, literatura, teatro, cartas, relatos, prontuários policiais e clínicos, etc. Ao mesmo tempo, e respondendo a desafios colocados desde a década de 1970, a História Cultural vêm se preocupando com as dimensões literárias da sua narrativa, debate este que instigou e ainda instiga os pesquisadores a uma abordagem multidisciplinar.Todas as dimensões acima mencionadas comparecem nos trabalhos que vêm sendo realizados pelos componentes do grupo que aqui se apresenta, o qual tem contribuído para construir e para consolidar o campo da História Cultural no Rio Grande do Sul e no Brasil.