A ênfase que o Grupo pretende dar às narrativas e sensibilidades na História da Educação pressupõe primeiramente um reconhecimento tácito, por parte de seus integrantes, de que essa história pode ser lida por várias lentes, e que essas lentes, embora sejam diferentes, nem por isso invalidam umas as outras. Um passado marcado por narrativas múltiplas e complexas nos convida a captá-lo a partir de nossas também diversificadas e provisórias narrativas produzidas no momento em que realizamos a operação historiográfica. Atentos, por outro lado, ao fato da realidade não ser constituída apenas por narrativas, tomamos também como um dos principais focos de nossos trabalhos a dimensão das sensibilidades que, se não estão desconectadas do universo discursivo que perpassa um determinado contexto histórico, nem por isso se resumem ao universo das palavras. Nas trilhas das experiências de educação vividas por sujeitos individuais ou coletivos, interessa-nos exatamente melhor compreender a variada gama de possibilidades de relações estabelecidas entre as narrativas e as sensibilidades em conjunturas históricas distintas de nosso passado.
